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sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Extração de DNA


Semana passada, num dos laboratorios de biologia, eu extraih o meu primeiro DNA.
Foi lindo!
Muito interessante!!
Eu nao pensei que fosse assim tao simples...  Mas tambem nao imaginava que fossem tantos passos pra ser chegar no final do processo.
A faculdade nao permite que usemos animais, ou mesmo as nossas celulas nos laboratorios, entao o DNA que extraih foi de uma banana!  Eu ia achar mais interessante se eu pudesse arrancar um fio de cabelo meu pra poder extrair o DNA...  Mas...  Regras sao regras...  Um dia ainda faco uma experiencia dessas...

Bom, pra se extrair o DNA de uma banana, precisamos de uma banana, claro, e varios utensilios:
- 2 Beaker (como eh que eh beaker em portugues???  beaker eh um copinho de vidro, da boca larga e que ha em varios tamanhos)
- 1 tubo de ensaio
- 1 liquidificador
- 1 faca
- 1 termometro
- 1 encubadora (ou alguma coisa que esquente pelo menos aa 60 graus Celsius.
- ethanol (alcool normal eu acho...  nao tenho certeza...)
- gelo
- solucao homogenea feita de detergente, agua e sal
- gaze

Primeiramente a gente corta a banana e pedacos pequenos e colocamos no beaker com uma solucao homogena, feita de detergente, agua destilada e sal, que vao pra encubadora por 10 minutos, ou ateh chegarem a 60 graus. Depois disso, colocamos no gelo imediatamente ateh atingir a temperatura de 20 graus (temperatura ambiente). Depois disso, colocamos a banana e o liquido no liquidificador e bater por 30 a 45 segundos. Nao mais que isso.

Depois de bater a banana com essa solucao homogena, tem-se que filtrar essa vitamina num outro beaker com gaze. De preferencia, temos que dobrar a gaze duas vezes pra fazer uma peneira onde a vitamina sera derramada. Esse processo eh pra separar as fibras alimenticias das proteinas da fruta. A aparencia eh de um suco de banana mesmo.
Depois de peneirada, dexamos o beaker de novo no gelo pra poder descansar a solucao. Depois de 5 minutos, o suco tem duas partes. Uma parte branca, que ficou em cima, e a parte de baixo , que era como uma agua esverdeada. Era esse liquido verde que precisamos pra extrair o DNA.

Com um pipette de transferencia (que eh tipo um conta gotas mais elaborado), inserimos na solucao e soh "pescamos" o liquido verde.

Esse liquido verde vai pra um outro beaker com ethanol e fica descansando por 20 minutos. Depois desse tempo, jah podemos ver o DNA. Eh claro que nao eh soh um DNA. Sao milhares.
Depois, pra mim poder levar pra casa, eu enchi um tubo de ensaio com enthanol e coloquei os DNA que eu pesquei de dentro do beaker.

Como o DNA eh bem viscoso, os varios pedacos foram se aglomerando e o resultado final foi uma a massa flutuante no tudo de ensaio de mais ou menos o tamanho de uma ervilha. Levei pra casa e tah lah ateh hoje dentro do freezer.

I'm so proud of myself... :)

PS: depois de ler esse post, to vendo o tanto que meu portugues esta podre...  Triste nao saber explicar mais as coisas...  :(
PS2: Vou tirar uma foto do meu DNA (nao meu propriamente dito, mas o da banana) pra colocar aqui... Quando chegar em casa, pois estou no hotel... :/

Esse aglomerado esbranquicado eh que eh o DNA. Como ele eh viscoso, eles se juntam. Essa quantidade minuscula eh suficiente pra clonar uma floresta inteira de bananeiras!! Muito show!!

O que é DNA?


DNA, ou ácido desoxirribonucléico, é o material hereditário em humanos e em quase todos os outros organismos. Quase todas as células do corpo de uma pessoa tem o mesmo DNA. A maior parte do DNA está localizado no núcleo das células (onde é chamado de DNA nuclear), mas uma pequena quantidade de DNA também pode ser encontrado na mitocôndria (onde é chamado DNA mitocondrial ou mtDNA).
A informação no DNA é armazenado como um código composto por quatro bases químicas: adenina (A), guanina (G), citosina (C) e timina (T). O DNA humano é constituído por cerca de 3 bilhões de bases, e mais de 99 por cento dessas bases são as mesmas em todas as pessoas. A ordem, ou seqüência dessas bases determina a informação disponível para a construção e manutenção de um organismo, semelhante à maneira em que as letras do alfabeto aparecem em uma determinada ordem para formar palavras e frases.
bases de DNA emparelhar-se com o outro, A com T e C com G, para formar unidades chamadas de pares de bases. Cada base é também ligado a uma molécula de açúcar e uma molécula de fosfato. Juntos, a base de açúcar, fosfato e são chamados de nucleotídeos. Nucleotídeos são dispostos em duas longas cadeias que formam uma espiral chamada dupla hélice. A estrutura da dupla hélice é um pouco como uma escada, com os pares de bases que formam os degraus da escada e do açúcar e moléculas de fosfato formando a hastes verticais da escada.
Uma importante propriedade do DNA é que ele pode replicar, ou fazer cópias de si mesmo. Cada fita de DNA em dupla hélice pode servir como um padrão para a duplicação da seqüência de bases. Isto é crítico quando as células se dividem, porque cada nova célula precisa ter uma cópia exata do DNA presente na célula de idade.


DNA is a double helix formed by base pairs attached to a sugar-phosphate backbone.

O DNA é uma dupla hélice formada por pares de base conectada a um backbone de açúcar-fosfato.

Teste de DNA


A molécula de DNA, formada por milhões de nucleotídeos em cadeia, sofre às vezes alterações, chamadas mutações, com a substituição de certos nucleotídeos por outros diferentes. As mutações são mais toleradas quando acontecem em regiões não-codificantes do DNA, trechos sem informação útil que constituem cerca de 90% do genoma. Muitas vezes, as mutações tornam-se estáveis, sendo transmitidas aos descendentes. Como é muito grande a variação no número e no tipo de mutações estáveis do DNA – fenômeno conhecido como polimorfismo genético -, é possível identificar uma pessoa com base no seu padrão de polimorfismo.
Para reconhecer os “locos” (sítios) onde ocorrem essas mutações, foi inventada a técnica de RFLP (doinglês Restriction Fragment Length Polymorphism, ou “polimorfismo de comprimento de fragmento de restrição”). O método usa as chamadas enzimas de restrição, que “cortam” o DNA apenas onde existem certas seqüências específicas de nucleotídeos – designados pelas letras iniciais dos nomes das bases que os formam: adenina [A], citosina [C], guanina [G] e timina [T]. A enzima Hae III (figura 1), por exemplo, só corta o DNA no sítio correspondente à seqüência GG/CC.

DNA NORMAL

Hae III reconhece a seqüência e corta o DNA
A
T
C
T
G
G
C
C
G
A
T
T
C
T
A
G
A
C
C
G
G
C
T
A
A
G
DNA COM MUTAÇÃO

Mutação substitui G por A (e C por T na outra fita)

Hae III não reconhece a seqüência e não corta o DNA
A
T
C
T
G
A
C
C
G
A
T
T
C
T
A
G
A
C
T
G
G
C
T
A
A
G
Uma mutação pode eliminar um sítio de restrição, ou criar um novo. Dependendo da posição relativa dos sítios de restrição, os fragmentos gerados pelo corte de DNA terão tamanho maior ou menor, e poderão ser separados por eletroforese. Nessa técnica, uma corrente elétrica provoca a migração dos fragmentos em um gel, sendo os maiores mais lentos que os menores. Com isso, os fragmentos assumem após algum tempo posições variáveis, o que constitui o padrão de polimorfismo.

O DNA: Linguagem da Vida



"A vida inteligente em um planeta torna-se amadurecida quando, pela primeira vez, compreende a razão da sua própria existência"
Richard Dawkins
Professor de Biologia e Biólogo
Oxford, EUA
"A partir do entendimento do que é o DNA e de quais podem ser os seus usos, uma pessoa pode acompanhar as mais modernas descobertas e os seus mais modernos usos, como é o Projeto Genoma. Pode também saber que é possível determinar a paternidade de uma criança pela amostra de uma gota de sangue de onde se extrai o DNA de pai e filho. Como o DNA é a linguagem da vida humana, vale a pena acompanhar o assunto".
 

Quem forma o Clã dos Ácidos


As matérias vivas contêm quatro tipos básicos de substância orgânica: proteínas, glicídios, lipídios e ácidos nucléicos.

Todas as formas de vida possuem os chamados ácidos nucléicos. Esses ácidos têm esse nome por terem sido descobertos em primeiro lugar no núcleo das células. Segundo o biólogo José Mariano Amabis, professor do Departamento de Biologia do Instituto de Biociências da USP, em São Paulo, os ácidos nucléicos são as maiores e as mais importantes moléculas orgânicas. Essas moléculas se encontram presentes em todas as formas de vida, desde vírus até mamíferos, e não são uma particularidade dos seres humanos.

Há dois tipos identificados de ácidos nucléicos, que são:
  • O DNA (que significa, em inglês, DesoxirriboNucleic Acid, ou ácido desoxirribonucléico). Ele tem esse nome porque o açúcar que o forma é a desoxirribose.
  • E o RNA (que significa, em inglês, RiboNucleic Acid, ou ácido ribonucléico). O nome vem do açúcar que o compõe, que é a ribose.
Depois de terem desvendado boa parte dos mistérios e do mecanismo desses ácidos, em particular o DNA, os cientistas puderam então começar a entender o funcionamento da vida e da perpetuação das espécies. A corrida às pesquisas começou a atrair a curiosidade da população leiga quando foi dada a informação de que, a partir do DNA, era possível se fazer inclusive investigação de paternidade.
 

O que é o DNA

 
Para se ter uma idéia ou uma imagem do DNA, basta pensar em duas fitas paralelas em forma de serpentina, ou helicoidais (de dupla hélice). Essas fitas são formadas de filamentos, já que as moléculas do DNA têm a forma filamentosa. São filamentos paralelos devido à ponte, chamada ponte de hidrogênio, que liga uma cadeia de filamentos à outra.

O DNA é então formado por uma base hidrogenada e pelos nucleotídeos, que são a guanina, a citosina, a adenosina e a timina.

Se tentarmos localizar o DNA, veremos, como diz Richard Dawkins, que nosso DNA mora dentro de nosso corpo, e não se concentra em uma parte específica do corpo, mas é distribuído entre as células. Curiosamente, existem, diz Dawkins, cerca de um milhão de bilhões de células constituindo um corpo humano médio e, com algumas exceções, cada uma dessas células contém uma cópia completa do DNA daquele corpo.

O DNA é, dos ácidos nucléicos, o que instiga mais a curiosidade, pelas suas características e pelas suas várias funções.

Função do DNA

 

Uma vez que estamos falando em ácidos nucléicos, portanto, ácidos encontrados nos núcleos das células, convém saber que o núcleo representa justamente a central de informações de uma célula. É como se fosse uma torre de controle, de onde são distribuídas as informações para que cada célula execute sua tarefa.

Dawkins explica que as moléculas de DNA fazem duas coisas importantes. Em primeiro lugar, elas se replicam, o que significa que elas fazem cópias de si mesmas. Isso é facilmente compreendido se imaginarmos um homem adulto, com um milhão de bilhões de células, que começou, em sua versão original, com uma única célula. Esta única célula se dividiu em dois e, por meio de sucessivas divisões, chegou a 4, a 8, a 16, a 32 e assim por diante, até chegar ao homem adulto. Pode-se dizer que a função de replicar do DNA é como se fosse a função de uma fábrica modelo, com qualidade cem por cento, onde os planos do DNA são copiados com fidelidade, praticamente sem erros, segundo Dawkins.

De acordo com esses planos do DNA, para que um corpo seja ‘construído’, não basta que ele se duplique. É preciso que alguma coisa mais aconteça. Assim, o DNA faz uma supervisão indireta da fabricação de um tipo diferente de molécula, que é a proteína.

Dawkins lembra que fazer proteínas talvez pareça estar muito longe da fabricação de um corpo, mas, diz ele, esta é a primeira pequena etapa nesta direção, uma vez que as proteínas constituem grande parte da estrutura de um corpo e, além disso, controlam os processos químicos dentro da célula, ligando-os e desligando-os no momento e no lugar certo. E essa movimentação toda dentro das células é que leva uma primeira célula a vir a formar um bebê e, mais tarde, um corpo adulto.


Usos e Descobertas sobre o DNA


O DNA na Medicina Legal


  • bebê ainda está dentro do útero (retira-se um pouco do líquido amniótico para teste).
  • O bebê já nascido, do qual se pode tirar uma amostra da placenta ou uma amostra de sangue se o exame for realizado tempos depois do parto.
  • O pai é vivo (em ambos os casos acima) – nesse caso, retira-se uma amostra de sangue e faz-se a comparação do resultado com resultado obtido do bebê.
  • O pai é falecido – nesse caso, pode-se extrair uma amostra do DNA a partir da medula de um osso longo, como o fêmur, ou um fio de cabelo, fazendo-se também a comparação.
Uma ressalva, segundo esse laboratório, é a de que o exame a partir de unhas ou cabelos não é tão confiável, pois são tecidos desvitalizados. Mesmo assim, as margens de acerto nos exames de DNA são de praticamente 100%.

Para se confirmar a inocência ou a culpa de um acusado de crime ou de violência sexual, desde que tendo meios de comparação entre o material encontrado na vítima e o material encontrado em um suspeito, exames de DNA também são realizados com margem de acerto de 100% ou próxima disto.
 

Leitura Recomendada



Uma leitura em linguagem simples e acessível ao público leigo é O Gene Egoísta, de Richard Dawkins, da coleção O Homem e a Ciência, publicado pela Edusp. Professor em Zoologia e biólogo, nascido em Oxford, EUA, Dawkins apresenta uma forma de ver o ser humano, que é a de ‘máquinas de sobrevivência’. Ele mostra como os genes – e, a partir daí, todo o comportamento humano – são divididos entre dois opostos, egoísmo e altruísmo, esta última característica, conforme o autor, como um objetivo ainda a ser alcançado. Dawkins lança um alerta, neste livro, quando mostra que somos os únicos animais capazes de perceber os secretos desígnios dos genes egoístas e nos rebelar contra eles